Este símbolo representa sua causa?

16 06 2013


guy-fawkes

Hoje em dia este é um ícone muito conhecido, sendo muito comum ver alguns ativistas protestando por direitos democráticos, pela paz, pelos direitos humanos, pelo combate a corrupção, contra o sistema e por um mundo melhor entre outras causas utilizando esta “máscara” em manifestações, esta que representa do rosto de Guy Fawkes.

Muitos se espelham na ficção no qual ela foi iconizada pelo V, personagem de HQ  de ficção científica e fantasia da década de 80 e 90 de Alan Moore,  sendo o símbolo de um  assassino justiceiro violento que queria dar um golpe de estado, ficando mais conhecido pelo filme de James McTeigue de 2006, estrelado por Natalie Portman e pelo Hugo Weaving. Que foi considerado por alguns como a adaptação mais detestável para o cinema de um HQ, mas acho que há casos piores.

 Na vida real, na Inglaterra, esta é considerada a face da traição, que representa um ícone histórico que é cultuado todos os anos  na noite de Guy Fawkes por seu fracasso.

Fawkes, foi um militar especialista em explosivos, que participou da tentativa de um golpe de estado, a Conspiração (ou Revolta) da Pólvora, via um regicídio contra o rei protestante Jaime I  e todo o parlamento da Grã-Bretanha em 1605.  Mas a conspiração falhou, os membros foram presos, torturados e executados. Houve jesuíta que participou do golpe que foi afogado, decapitado e esquartejado só para dar exemplo. No dia 5 de novembro, tradicionalmente, ocorre uma festa popular nas ruas da Grã-Bretanha onde, semelhante ao malhar o Judas que ocorre no Brasil, o alvo é um boneco de Fawkes que depois é queimado numa fogueira e então soltam fogos de artifícios, sendo o  personagem mais lembrado deste evento histórico,  que acabou sendo traído por seu gênio e morreu sem ter alcançado seus objetivos, felizmente, pois todos os indícios indicam que o novo regime teria sido péssimo para o Reino Unido.

Minha grande curiosidade:  este símbolo realmente te representa?

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O Saltador, o Consultor e os Levianos

5 01 2013

Em 14 de Outubro de 2012, Felix Baumgartner, um paraquedista austríaco, concluiu o objetivo do projeto Red Bull Stratos e realizou um salto de 39 mil metros, sendo o salto mais alto de todos os tempos, partindo nada mais nada menos que da estratosfera no qual ele chegou através de um balão especialmente preparado para tal feito. E este não foi o único cuidado, pois para se conquistar tal feito, ele passou por uma preparação minunciosa, tomando assim vários cuidados como por exemplo empregando telemetrias adequada e altamente calibradas,  fazer Felix respirar oxigênio puro para eliminar o nitrogênio de seus sangue, que poderia se expandir em alturas elevadas e com isto ameaçar sua saúde.

O staff do projeto contava com especialistas altamente qualificados e  entre eles estava Joe Kittinger na categoria de consultor especial, detentor do recorde anterior que havia sido estabelecido em 1960. Vendo um documentário sobre o tal feito, houve algo que Joe comentou que me chamou muito a atenção:

“Teve muita gente falando sobre como as ondas de choque da barreira de som poderiam partí-lo ao meio” o que deixou Joe muito triste e frustrado, pois “aqueles que insistiam em afirmar estas coisas, não consultaram a equipe Stratos para saber os cuidados que eles estavam tomando, não eram especialistas no assunto e não possuíam nenhuma fundamentação e realizavam tais afirmações apenas porque eles podiam”.

Bom, Joe deveria estar mais acostumado com esta situação pois esta é um das constantes da humanidade.  Independente das motivações, *parece* que ser leviano é regra e não exceção. Além disto há a “recursividade dos sem noção“, onde sem argumentos racionais o imprudente critica o insensato que acredita e potencializa os delírios do leviano. E há quem afirme que o segredo do sucesso é saber conviver com tudo isto, convencer e ser articulado para sobreviver.

Mas sou muito solidário ao Joe, eu entendo totalmente o desconforto dele.

Num dos muitos contextos que posso citar, é muito comum vermos discussões em foruns e listas baseadas em artigos equivocados ou baseado em pesquisas de caráter duvidoso, algumas vezes as imprecisões logo vem a tona pela análise de seus integrantes, mas sempre há (quando não são maioria) os simpatizantes dos levianos por razões simples, tanto o autor quanto seus simpatizantes estão falando aquilo que eles desejam que seja verdade e não a realidade ou simplesmente são analistas imprudentes.

A algum tempo, me foi solicitado uma consultoria de  performance, security testing e verificação de SIMRAV compliace de um sistema, sendo-se que o SIMRAV tem um workflow, processos, protocolos  e mensageria padrão.  No primeiro contato com os desenvolvedores, me foi comentado que possivelmente eu não encontraria muita coisa, pois o Scrum Master do projeto havia orientado todo o processo de TDD (Test Driven Development), todos os módulos possuíam testes unitários, funcionais, de integração e que a arquitetura era excepcional, etc, etc, etc…  E quanto a capacidade de processamento ele realmente era impecável,  mas além de ter segurança tendendo a zero, ele havia falhas conceituais, que eu achei impressionante.

Quando fiz a introdução da apresentação do meu parecer, chegaram a me perguntar se eu tinha certeza do que eu estava falando,  chegaram a insinuar (na brincadeira) que eu estava sendo leviano e que tal apresentação era para conquistar mais horas de consultoria, da forma que foi feito confesso que me senti ofendido. Mas relevei, e já imaginando por isto, em minha apresentação dissequei alguns bits, datagramas, assim como fluxos incorretos e as páginas dos manuais que evidenciava as falhas. Nem preciso dizer que os diretores técnico e de produto, assim como os gerentes de produto, desenvolvimento e segurança  não ficaram nada felizes, mas ali não encontrei ninguém na equipe que dominasse de SIMRAV. E então fiquei pensando, como poderia? Para um sistema tão específico não possuir alguém que dominasse as regras de negócio? Na hora lembrei de uma das máximas do livro Code Complete do Steve McConnell:

Testing by itself does not improve software quality. Test results are an indicator of quality, but in and of themselves, they don’t improve it. Trying to improve software quality by increasing the amount of testing is like trying to lose weight by weighing yourself more often. What you eat before you step onto the scale determines how much you will weigh, and the software development techniques you use determine how many errors testing will find. If you want to lose weight, don’t buy a new scale; change your diet. If you want to improve your software, don’t test more; develop better.”

E neste caso, para desenvolver melhor, era necessário de um especialista nas regras de negócio. Pois técnicas eles possuíam de sobra. E o mais surpreendente foi ouvir do diretor que num outro sistema eles haviam cometido a mesma falha.

Acidentes acontecem, ninguém é perfeito, todos estão propensos ao erro e o alvo de minha crítica é ao cerne de cada uma das iniciativas. É a insistência e a recorrência que classifica o indivíduo.

Namastê!





A lenda dos notórios App Testers do IBM Black Team

18 11 2012

Ao participar do seminário de testes de software “Test Day 2012”  me chamou muito a atenção coisas que não vi,e uma única palestra que comentou algo sobre o tratamento de aspectos de segurança em testes de software, e  conversando com um colega que lá estava que me comentou que ele já não dava conta de fazer o trabalho dele, quanto mais ter que cuidar de segurança e que isto ele deixava para os especialistas em Security Testing  feito eu, que este não era o campo dele. Confesso que na hora lembrei muito da lendária história do IBM Black Team, que fiquei conhecendo  pela primeira vez no livro Peopleware – Productive Projects and Teams – de Tom DeMarco e Timothy Lister.

Este time, tem uma história muito peculiar, muito lendária pois há poucos registros históricos sobre eles. Mas mesmos assim, eles tem gerado admiração por aqueles que ouvem falar sobre eles. Principalmente porque em sua época muitos desenvolvedores aspiravam participar do time e o que acontece hoje é o contrário, muitos testers tem como sonho se “qualificar” para se tornar desenvolvedor, o que por um certo lado é uma grande distorção senão um grande desequilíbrio da força.

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Tratando Falhas Conhecidas em Código – Juliet Test Case

14 11 2012

Apoiando o  desenvolvimento de software seguro e de qualidade, muito se fala da OWASP, porém ela é muito focada em Web Applications e nem só de Web vive a indústria de desenvolvimento de software.

Há algumas  iniciativas interessantes, como o da SEI  (Software Engineering Institute),  SafeCode, mas uma que vem me chamando muito a atenção são as do  NSA’s Center for Assured Software (CAS) via o  NIST que mantém o projeto SAMATE (Software Assurance Metrics And Tool Evaluation) Reference Dataset (SRD).

A fim de resolver a crescente falta de qualidade dos softwares utilizados no governo dos EUA, o CAS  foi criado em 2005 com a missão de melhorar a segurança de software empregado por eles. E o CAS tenta cumprir esta missão, entre outras coisas, ajudando as organizações nos processos de implantação de ferramentas para tratar de garantia de todo o ciclo de vida de desenvolvimento de software.

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Malware Bypasses Process Monitoring & Colonização Marciana

24 06 2012
Computer security rings (Note that Ring 1 is n...

Computer security rings (Note that Ring 1 is not shown) (Photo credit: Wikipedia)

Em alguns produtos de segurança o domínio dos “anéis” do sistema operacional é fundamental e para alguns malwares, conquistar o poder do “anel” é torná-lo quase invencível.

Tá, anel pode ser um termo muito sinistro para você, no fundo para mim também, por isto que prefiro utilizar o termo “ring”. Há um tipo de malware (considerado advanced) que costuma render bastante trabalho que são os Rootkits; principalmente aqueles que sabem explorar o poder destes rings, OS Internals, processors internals ou até instruction sets bugadas e ou desconhecidas como  Likhachev Nikolay encontrou em alguns rootkits (e trojans) em 2007 e revelou no paper “Remote Code Execution through Intel CPU Bugs“.

Rootkits podem ser de Ring 3 (User Land), de Ring 0 (Kernel Land),  Ring -1  (Hypervisor), Ring -2 (SMM) e até de Ring -3, estando em iminência os de EFI  que tem sucesso apenas em firmwares que não empregam algumas boas práticas de segurança, mas em tempos onde malwares já estão utilizando ataques desconhecidos de colisão de hash para forjar certificados digitais, muitos princípios começam a entrar em xeque.

Para muitos o desenvolvimento de rootkits é uma arte negra, até porque há várias técnicas relacionadas a eles que não são muito simples mesmo. Por isto outro dia fiquei admirado com um  post  no blog de uma  empresa  de segurança que tem produtos anti-malware, mostrando como realizar by-pass via kernel rootkit  (ring 0) de um dos pilares da monitoração real-time por endpoint protections no Windows.  Obviamente, esta empresa não é afetada por tal técnica, visto que seus engines de captura são de  in-network e o conteúdo do tal post era direcionado para bypass de kernel mode driver callback, enfim outra categoria de AVs.

O post pareceu-me mais FUD (Fear, Uncertainty and Doubt) e uma peça de marketing, e isto levou-me a fazer uma série de questionamentos e  deixou-me muito pensativo.

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Mistérios do SMS – bits, bytes, mitos e modelos mentais

10 06 2012

Ainda sobre mitos

Call flow for the Mobile Terminated short mess...

Call flow for the Mobile Terminated short message service (Photo credit: Wikipedia)

Quando eu atuava com desenvolvimento de soluções para  Telematics Security, certa vez, conversando com um engenheiro de suporte que me apresentaram como o papa dos SMS (Short Message Service) de uma representante local de um fabricante de módulos de comunicação GSM, perguntei a ele o quanto o  módulo dele era compliance com o  padrão 3GPP TS 23.040 (Technical Realization of the Short Message Service) e a resposta dele foi que não tinha nada a ver uma coisa com a outra, que o manual do produto deveria ser seguido sempre.  Eu repeti a questão de uma outra forma e  a resposta foi similar! Aquela resposta não fazia sentido algum, até poucos meses antes eu havia testado um módulo de comunicação de um outro fabricante e encontrei problemas de aderência que reportei ao fabricante;  ele comentou que era um problema conhecido e que em breve isto seria corrigido, de verdade levou 3 anos para isto ocorrer, mas tudo bem. Porém preferi  ignorar a resposta deste engenheiro brasileiro e preferi falar sobre outros assuntos, que de verdade estavam mais ligados a nossa pauta.

Noutro momento, perguntei para um engenheiro de suporte de um outro fornecedor, como eu ativava o MUX do módulo para operar com canais simultâneos de GPRS e SMS, o mesmo falou que isto não era possível; bom olhando o manual do módulo dele em alguns minutos vi referências ao MUX e pedi exatamente o manual no qual aquela linha daquela página do manual estava se referindo, ele me perguntou para que eu queria aquele documento? Pois tudo o que eu precisava estava no manual no qual eu estava lendo. Com o tempo fui descobrir que entre application notes, datasheets e manuais, o produto dele tinha cerca de 9 documentos e só aquele manual era insuficiente.

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Mitos e Verdade – O Dossiê Farewell e Stuxnet

9 06 2012

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Uma das históricas clássicas de ações para-militares cibernéticas da década de 80 é o famoso caso da explosão do gasoduto  Trans-Siberiano em junho de 1982, que segundo duas fontes foi uma sabotagem do sistema SCADA perpetuado pela CIA. Quando comentei esta história com meu amigo DQ, na mesma hora ele questionou-me: será que não é mais uma lenda urbana sobre a CIA? E então respondi a ele que ao que parece não, pois há duas fontes consideradas seguras sobre o acontecido, o Dossiê Farewel e um livro de Thoma C. Reed, um ex-Secretário da Força Área dos EUA, o “At the Abyss – An Insider´s History of the Cold War, de 2005.

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EB – Projeto MK-ULTRA & Neurohacking

11 07 2011

Texto publicado originalmente em 27/05/2009 na coluna Ensaios de Borda do Fringe Lab, dentro do contexto da coluna de mashup de ficção, história, realidade e conjecturas especulatórias:

Desde o primeiro capítulo de Fringe, temos ouvido que o Dr.Bishop teve financiamento do DARPA para realizar as mais estranhas pesquisas entre as décadas de 60 e 90, tendo atendido os militares das mais diversas formas, em muitos casos realizando pesquisas utilizando mescalina, LSD (a preferida do Dr.Bishop e parece que também muito apreciada por Dr.Bell) além de outras drogas experimentais (cortexiphan) utilizando cobaias humanas (sem seu consentimento) e seus objetivos estavam relacionadas a controle mental, seja para transferência de memórias e amplificação de ESP (Percepção Extra-Sensorial) em crianças entre outas modalidades de experiências químicas e físicas, tendo outrora utilizado DNI (Direct Neural Interfaces) e tanque de isolação sensorial. Porém o mais curioso é que neste parágrafo os principais elementos de ficção são: Fringe, Dr.Bishop e o Dr.Bell.

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EB – Teoria da PSI FQ

11 07 2011

Publicado originalmente na coluna “Ensaios de Borda” em 01/07/09 do Fringe Lab, este é um texto que escrevi dentro da proposta da coluna que tem um mix de análise de ficção científica dentro de um contexto histórico de neurociência e neroengenharia:

Hoje sabemos que as suspeitas de David Jones se confirmaram, mesmo ainda estando indefinido o autor da manifestação telecinética que apagou as 47 lâmpadas no teste de Belly em Ability, em The Road Not Taken a agente Olívia Dunham apresentou uma promnésia intensa e um pouco antes em Bad Dreams descobriu-se uma ligação telepática crônica com Nick Lane, aparentemente fruto de estimulação por cortexiphan quando eles eram crianças e passaram por experiências na base militar em Jacksonville, portanto ela é especial ou como eu costumo chamar, ela é uma pessoa (de psyche) amplificada. Porém o que possibilita a Olivia ter estas manifestações paranormais?

Seja uma forma de PES (percepção extra-sensorial) ou anomalia cognitiva, na vida real alguns eventos que ocorrem desde a antiguidade que classificamos como coincidência – como o de pensarmos em alguém segundos ou minutos antes dela entrar em contato por telefone ou ter algum sentimento de dor e lembrar de alguém no exato momento que esta passa por algum problema sério ou está morrendo  são classificados como DNS (Distant Neural Signaling ou Sinalização Neural Remota) pela neurociência,como o Dr.Walter Bishop o chamaria, sendo também classificada como telepatia espontânea pela parapsicologia e certamente seria assim que Peter Bishop o chamaria.

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Leptoniando: Toda computação é sempre física

25 08 2010

Seja C, C++, Python, Java, Ruby ou Brainf*ck, independente de sua linguagem preferida, durante a análise léxica, sintática, semântica, geração do código executável ou em qualquer outra operação, na execução de programas, independente da arquitetura de run-time e dependência que ela tenha, seja instruções bare-metal ou dependente de algum sistema operacional, rodando na CPU de um ignorado microcontrolador presente em seu relógio, celular ou na CPU do seu idolatrado (ou cobiçado) notebook ou nas células de uma cloud computing, não há o que discutir, a computação é sempre um fluxo de partículas, sejam léptons do tipo elétron ou bósons de calibre como o fóton. Tudo bem que seja por influência de algum fenômeno eventualmente não se comportam como nós esperamos, porém sabendo disto determinamos faixas de tolerância e assim os mal comportados acabam sendo desprezados e vamos levando a vida praticamente sem perceber estes rebeldes e a física flui, ou tenta, nos favorecendo neste admirável mundo computacional.

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Armadilha de Arco-Íris e o futuro da computação

7 03 2010

Em 2007 dois pesquisadores britânicos teorizaram um dispositivo que eles chamaram de  “alçapão de arco-íris”, sendo um dispositivo composto por uma lenteque seria responsável pela reflexão, dispersão e refração de um feixe de luz para o interior do artefato que teria uma  placa com várias camadas de espelhos de metamateriais que poderia capturar o feixe de luz, não permitindo sua dispersão:

Stopping light in metamaterials: the trapped rainbow

Na época vários grupos ao redor do mundo, acreditando na teoria trabalharam alucinadamente tentando criar um protótipo funcional deste dispositivo e no final de 2009 um grupo de pesquisadores americanos conseguiu obter sucesso e com um aparato muito simples provaram o conceito da “armadilha de arco-íris”, demonstrando que os físicos britânicos estavam certos:

Rainbow trapped for the first time

Quando comentei este feito com um colega pela primeira vez, logo que via a notícia na semana que ela foi publicada na New Scientist, ele fez aquele clássico comentário: este pessoal não tem nada mais importante para fazer?

Bem, esta técnica poderá ser útil para armazenar informações de forma puramente ótica, algo que irá revolucionar a computação (e talvez a vida) no futuro, eliminando a necessidade de conversões de sinais óticos em eletrônicos, facilitando o processo de  manipulação de fótons e proporcionando a criação de  meios de armazenamento de informações revolucionário. E considerando que em 2009 também surgiu o primeiro processador quântico fotônico autêntico podemos elucubrar que parte do futuro da computação está na fotônica e esta nova descoberta é certamento um grande marco.

Quer algo mais útil do que isto? 🙂

Ruminando e divagando sobre este assunto com um amigo este final de semana, ele lembrou do filme Minority Report e de um cartão  de armazenamento que parecia que as imagens estavam armazenadas de modo fotônico, visto que elas podiam ser parcialmente vistas sem mesmo estar no seu respectivo driver de leitura.

Com a evolução das pesquisas do grafeno, dos metamateriais e outros daqui a alguns anos silício será coisa do passado, se bobear armazenamento magnético também e por consequencias do entrelaçamento quântico a velocidade da luz irá parecer velocidade tartarugal, imaginou como será a computação e o futuro das telecomunicações?

No final de 2008, escrevi um post onde eu brincava que em 2050 “telepatia sintética” seria coisa do passado, bom, o DARPA tem financiado pesquisas nesta área e isto da tem a ver com ESP, visto que a tecnologia é puramente baseada em neurociência e telecomunicações, sendo-se que o artefato que possibilitará tal feito é puramente um dispositivo de neuroengenharia, área que tende a evoluir muito no futuro e aposto que vários dos “neuroengenheiros” serão nascerão a partir do fascínio pelos brinquedos Mindflex e o Star Wars Force Trainer.

Mas o quê a armadilha de arco-íris e a q-telepatia tem em comum? A resposta é: computação quântica. A neuroengenharia continuará presente, porém o processador quântico será peça fundamental.

E breve, os neurohackers já não serão mais atores da ficção cyberpunk e sim do novo contexto neurotecnológico do balaio de gato que será o admirável mundo novo da computação, fico imaginando a segunda (ou será terceira?) geração que será os q-neurohackers.





MRNN Brasil – Para discussão de soluções MRNN ( N1NF | NoSQL – NotOnlySQL )

31 01 2010

Apesar de extremamente prazeroso (ou às vezes nem tanto) acompanhar mailists e foruns nem sempre é tarefa fácil, seja pelo rumo que certas discussões geram, pela falta de tempo  ou às vezes pela questão do foco. Acredito eu, que eventualmente todos vêem um assunto que é meio (ou inteiramente) off-topic sendo tratado com certo pudor, mas que você gostaria que a discussão evoluísse mas a própria lista e a netiqueta não permite.

Alguns dizem que a relação entre arquiteto e programador é de confiança e compreensão, arquitetos não confiam em programadores e estes não compreendem os arquitetos!

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Luminescência, meu tio José e Avatar

25 01 2010

Final de ano, num rancho a beira-rio, curtindo o feriadão com a família, meus primos tiveram a idéia de fazer uma festa (que para minha surpresa havia sido preparada com boa antecedência) com direito a vários badulaques e inclusive com lightsticks (à volonté como diria os franceses ou à la vonté como nós abrasileiramos e gostamos de dizer) que sempre dá um tom alegre a festas noturnas e sempre leva a criançada (e inclusive vários marmanjos) a brincar diante das lâmpadas ultra-violetas, devido aos agradáveis efeitos visuais que tal combinação produz, sendo sempre um bom elemento para complementar a diversão.

Após a festa e em momento oportuno, meu sábio tio José, que tem uma curiosidade que eu muito aprecio,  me fez a seguinte pergunta:

– O que faz estas pulseiras brilharem? Elas são realmente de neon?

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VI Encontro de Programadores C & C++

18 01 2010

O core de organização de eventos do grupo C & C++ Brasil, com colaboração da  Liga dos Programadores Indepentes mais alguns colaboradores e com apoio da galera do hashtag #ccppbrasil_meetings estão trabalhando na remotada dos eventos do grupo C & C++ Brasil para 2010, sendo-se que o primeiro evento será o encontro de programadores que está programado para o dia 06 de fevereiro de 2010 em São Paulo.

A programação ainda não está fechada mas há propostas de palestras sobre concorrência para C++, robótica, programação segura entre outras.

Maiores detalhes em http://www.ccppbrasil.org/wiki/Grupo:Encontro_VI

Está em planejamento também um encontro do pessoal de Porto Alegre.

Em breve será divulgado uma previsão de  agenda para 2010.

Bons códigos e nos vemos lá!

Namastê!





Lei de Stigler, ressaca de pan-galactic gargle blaster, a vida, o universo e tudo mais

18 01 2010

Epónymos era a figura que atribuía o nome a uma cidade na grécia clássica.  Eponímia é o nome que dela deriva.  Este conceito generalizou-se ao batismo de  técnicas, objetos, atributos, invenções seja por vias diretas ou indiretas, sendo considerada a forma suprema de reconhecimento da atividade de um pesquisador.

Quando eu era adolescente e morava lá em Santa Fé do Sul (proporcionalmente 105.18 Km mais distante de São Paulo e 3.7840092199092412 vezes menor que Barbarcena)  numa época em  que eu realizava um curso técnico em eletrônica,  com grande  freqüência eu conversava com o (bom amigo) Batata sobre física, eletricidade, válvulas raras, RF, a vida, o universo e tudo mais; num destes bate-papo logo após uma desopilação hepática  ele me comentou que quem deveria ser creditado pelo invento do rádio deveria ter sido o Padre Landell, um gaúcho que foi  padre católico e um notável inventor e não Marconi ; físico italiano que plagiando estudos apresentandos pelo Nikola Tesla em 1899 apresentou ao mundo que Pe.Landell já havia apresentado em 1893 para um pequeno público no bairro de Santana em São Paulo e depois em Campinas. Anos depois, descobri que as referências históricas disponíveis sobre elas não são satisfatórias para fins documentais; o que mostrou mais uma vez que não basta fazer, documentar é tão fundamental quanto a realização. Também foi o Batata que me revelou que o verdadeiro inventor do telefone teria sido Elisha Gray e não Alexander Graham Bell, quando eu solicitei suas “fontes” ele sacou de seu arquivo duas revistas  Saber Eletrônica que relatavam estes fatos.  Quando terminei de ler os artigos comentei: “Isto sim é pilantragem” e o Batata soltou uma que (na época)  eu  não entendi:

“Isto sim é a apoteose da irresponsabilidade consciente”  e tomei nota desta frase  na hora,  pois achei um “insight” muito inspirado…

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Droplet: Um Twitter & Google Reader em C++ para Arduino

30 11 2009

 

Esbarrei com este projeto que achei bastante interessante, como um link às vezes é mais verboso do que mil palavras:

Droplet

 





Debriefing do Seminário C & C++ para Sistemas Embarcados 2009

16 11 2009

Neste 14/11/2009, o portal Embarcados e o grupo C & C++ Brasil com a produção da Tempo Real Eventos realizou, no Hotel Century Paulista em São Paulo, a edição 2009 do Seminário C & C++ para Sistemas Embarcados. Mais uma vez esta foi uma experiência extremamente gratificante,  principalmente pela satisfação que alguns colegas, amigos e o público em geral demonstraram durante o desenvolvimento do seminário e pós sua realização.

O DQ, da Tamid, realizou em seu blog algumas notas e abaixo segue alguns comentário que não representa nem 1% do que foi o seminário:

– O evento iniciou com uma palestra sobre Interfaces de Periféricos com Microcontroladores em C do DQ, que mostrou-se um excelente conteúdo para um Hands On com o subtítulo de “21 formas de piscar um led com linguagem C em vários microcontroladores”! 😛

– Na sequência foi a palestra do Luiz Barros, sobre Otimização de C++ para Sistemas Embarcados, que foi bem interessante e acabei em vários momentos dando meus pitacos, curiosamente mais uma vez confirmei que em aplicações com a plataforma SH4, C++ tem sido amplamente utilizado, durante o evento desenvolvedores de cinco empresas deram este feedback para mim.

– Durante o almoço, entre bits e bytes, conversamos de flamewares (e lembrei da lei do ricbit), assembly vs C++, surgiu a conversa de um projeto que me relataram muito inusitado de um sistema, onde… bom, deixa eu voltar para os relatos do seminário! :^p

– Após o almoço, o Alessandro Cunha, da TechTrainning, apresentou uma palestra que foi muito pontual tanto no assunto quanto no tempo consumido. Nos primeiros contatos com ele, fiz uma sugestão besta de tema e ele conseguiu extrair algo de bom da besteira que apresentei e formatou uma obra prima: Projetando Sistemas Embarcados com Baixo Consumo de Energia, com dicas preciosas que cativaram o público.

E encerrando o conteúdo técnico do seminário,  o Luiz Barros desmistificou o “Desenvolvimento de Device Driver para GNU/Linux”, derepente surgiram algumas pessoas no evento e quando fui conferir descobri que elas vieram apenas para ver esta palestra, alguns até começaram a dizer que perderam o medo do device drivers development. Particularmente nunca tive medo, porém device driver & kernel development é uma arte negra…

Anteriormente ajudei a enumerar 17 formas de acender um led e derepente, não mais que derepente, fez-se a teatralização da piada:

– “quantos engenheiros são necessários para acender um led”

do qual eu participei desta teatralização como coadjuvante, no qual entrei mudo e sai calado e depois me disseram que a resposta seria:

–  “um de hardware, um de firmware e um de software” (tsc)…

Mas o Alessandro Cunha foi além e pensou em escrever o livro 2001 formas de acender um led, mas nem só de led foi o seminário! Houve CAN, RS232, SPI, microcontroladores, C, C++ e felizmente tive a oportunidade rever alguns amigos e realizar alguns contatos preciosos. Particularmente fiquei feliz que uma sugestão que eu dei a Microgênios foi levada a sério e hoje eles também estão produzindo e comercializando a plataforma Arduino no Brasil, assim como troquei figurinhas  sobre os bugs da BeagleBoard com o Luis Barros, conheci um pouco mais sobre a plataforma Tower com vários colegas, vi uma apresentação de uns alunos do Dado, numa EVDK Luminary,  de uns jogos desenvolvidos em eLua que poderiam seduzir muitos aficcionados em jogos; entre muitas outras conversas.

Finalizando oficialmente evento, realizamos um sorte de brindes oferecidos por Texas Instruments, Freescale, Atmel/Kobama, Editora Erica, Tempo Real Eventos, Agit Informática e Microgênios, onde as fotos dos ganhadores podem ser vistas aqui.

Mais uma vez, fui um dos primeiros a chegar no local e um dos últimos a sair do happy hour, que aliás, como sempre, foi uma extensão do evento e o início da organização dos próximos eventos.

Namastê!!!





Go: C + Python com tempero de Erlang, Oberon, Limbo para concorrer com C++ by Google

12 11 2009

Go Mascote Uma linguagem com as facilidades sintáticas de Python, porém estática e que gere executáveis com opcodes com pouca dependência e desempenho similar aos de C e que desfrute dos recursos computacionais de concorrência que os atuais processadores e computadores oferecem com facilidade é algo que muitos, a muito tempo desejavam.  Conheço engenheiros que só tem C e Assembly como opção e que sempre costuma afirmar que “odeiam C”, pelos clássicos problemas da linguagem e compiladores.

Para minha surpresa li este artigo ontem no Slashdot:

Go, Google’s New Open Source Programming Language

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II Seminário C & C++ para Sistemas Embarcados

18 10 2009

É com grande prazer que depois de alguns meses sem postar nada por aqui, venho quebrar o silêncio com uma notícia super interessante.

Depois do sucesso do evento do ano passado, este ano o Portal Embarcados, a Tempo Real Eventos e o grupo C & C++ Brasil realizará a segunda edição do Seminário C & C++ para Sistemas Embarcados.

Com palestrantes  de alto-nível e conteúdo super-interessante,  como o do ano passado, ele está imperdível!

Ele  acontecerá no dia 14 de novembro de 2009, em São Paulo, no Century Hotel, maiores detalhes vejam aqui.

Nos vemos lá.

Nasmastê!





eLua: Embedded Systems no mundo de Lua

6 12 2008

    Em 1996 eu fiquei extremamente feliz quando recebi minha edição da Dr.Dobbs e vi um artigo escrito por brasileiros chamado “Lua: an extensible embedded language”, confesso que fiquei tão surpreso que acabei comentando com vários colegas sobre o artigo e sobre esta linguagem que eu já tinha ouvido falar mas não conhecia ainda e acabei ficando com o estigma de ser o “cara do Lua” por alguns meses. Oito anos depois, ao encontrar um colega de faculdade ele veio me perguntar se eu “ainda” programava em Lua.

    Após 11 anos, tive outra boa surpresa quando conheci o projeto eLua, que é mantido pelo romeno Bogdan Marinescu em conjunto com o brasileiro Dado Sutter  do laboratório LED da PUC-Rio, que basicamente é um projeto que insere Lua no contexto de programação de microcontroladores, oferecendo melhor reusabilidade de código e redução de complexidade e custo de desenvolvimento. 

    Hoje ele tem suporte para as plataformas LM3S, AT91SAM, STR9, STR7, LPC2888, i386 e segundo o Dado Sutter logo o eLua estará suportando novas MCUs, assim como mais exemplos tem sido escritos com boa frequencia e novos módulos estão em desenvolvimento.  Eu o testei no meu AT91SAM7x256 e  fiquei muito entusiasmado com o projeto.   

    Para quem ficou interessado em saber um pouco mais sobre o e-Lua,  o projeto está com um novo site – baseado no Sputnik  que é um Wiki engine 100% escrito em Lua –  e a URL oficial do projeto é   www.eluaproject.net





Prospecções

4 12 2008

Talvez um teco influenciado pelo documento “Prospectiva Estratégica, Metodologia de Descrição de Cenários” temperada a puro palpite visionário, outro dia quando na piclistbr o Mak lançou esta:

1996 – um supercomputador usava 10 mil processadores Pentium Pro clocados a
200 MHz pra atingir 1 teraflops (um trilhão de operações matemáticas por
segundo). ocupava um andar inteiro de um laboratório no Novo México. Ele
consumia absurdos 500 kW e, pasme, mais 500 kW só de cooler, ar-condicionado
e tudo o mais para manter a sala geladinha e não pifar a bagaça.

2008 – uma Radeon HD 4870, placa de video das mais rápidas atualmente,
atinge esse mesmo número de flops com apenas um chip. A placa de vídeo da
AMD, assim como as outras dessa categoria, cabe num slotzinho PCI Express e
gasta 110 watts, o que já é uma cavalice.

2015 – tentem fazer uma projeção…

Fonte: PAPO DE MICREIRO: O lado hardcore da tecnologia, Placa de vídeo ou arma de detonação em massa? por Marco Aurélio Zanni

E lancei o seguinte cenário:

2050: Life, the Universe and Everything: q-bits e processamento de chuckflops por segundo serão triviais. Seth Lloyd e Miguel Nicolelis serão mais populares que Von Newman e Alan Turing. Haverá dispositivos computacionais com processamento de chuckflops do tamanho de um alfinente usados como implantes com baterias recarregáveis via wireless. Todo boteco terá um recarregador wireless. Estes implantes computacionais usarão o protocolo 802.11xyz para se conectar com a spacenet, seja da Terra ou de Marte e a segunda língua mundial será o chinês. Via 802.11xyz q-telepatia será algo muito comum e “telepatia sintética” já é coisa do passado; porém isto será coisas para os jovens, a galerinha de 80 e 90 anos ainda usará menssegers baseado nos protocolos XMPP em seus handhelds.

A plebe ainda usará estes dispositivos de 2015, com PCs digitais com placas de vídeo com meros 100 teraflops consumindo os exagerados 70 Watts, utilizando toda a arcaica tecnologia digital binária. Ainda existirão analfabetos digitais e ONGs lutando contra a fome mundial, isto em 2050.

2100: Em 2100 os Estados Unidos elegerá o primeiro presidente marciano, descendente de terráqueos chineses e brasileiros, que foram para a colônia marciana em 2060, que se promoveu a base de q-telepatia.

(…)

OK: Para justificar este minha prospecção eu teria que escrever um relatório de mais de 100 páginas, mas está aí um cenário factível, não exatamente nestas datas e com esta terminologia, mas num futuro não muito distante.





Notas sobre o Seminário C & C++ para Sistemas Embarcados

18 11 2008

Numa conversa de boteco a uns 6 anos atrás com alguns colegas, falávamos de bits, bytes, C, programação, redes e clusters; eis que surge uma idéia  (talvez inovadora) de distribuição de carga em clusters utilizando pirometro óptico, termômetro digital, amperímetros criando uma grande rede de sensoriamento visando não apenas o balanceamento computacional mas também a economia de energia através do equilíbrio térmico e de consumo de energia no datacenter. Foi neste contexto que foi inserido o assunto microcontroladores na conversa e a maioria dos colegas que estavam na mesa ficaram fascinados. Curiosamente, lendo o blog Arquitetura em Pauta o Otávio comentou que no PDC houve uma apresentação que demonstrou solução similar e vejo agora que a viagem não era tão grande.

Mas voltando às conversas de boteco, já naqueles tempos conversávamos sobre a idéia de encontros e eventos específicos para programadores de C & C++, sendo-se que dentre estes ao menos um deveria ser exclusivo de embedded systems voltados para microcontroladores e como já comentado anteriormente que iria ocorrer, foi realizado no dia 08/11 o seminário C & C++ para Sistemas Embarcados, onde o foco foi adivinha o quê? Sobre o que lá ocorreu, é possível ficar sabendo pelos blogs do DQ , P. e do Diego, assim como por threads na ccppbrasil, programa embedded software e sis_embarcados.

Em paralelo, num outro evento que estava ocorrendo no mesmo dia em São Paulo, o Lameiro e uma galera do Grupy-SP  fez uma implementação pitoresca de sensor networks utilizando AVR numa placa Arduino Diecimila que pela idéia inovadora recebeu um prêmio especial.

Portanto vemos que o assunto microcontroladores está ficando cada vez mais pop, assim como sensor networks que tem sido o campo onde microcontroladores tem sido largamente utilizados, seja para segurança da informação, segurança privada ou telemetria; tornando telematics algo cada vez mais presente em nosso dia-a-dia.

E os feedbacks do seminário foram excepcionais, muito acima do normal, mais críticos do que recebemos dos outros eventos, superando expectativas e nos mostrando que este público de embedded systems quer eventos diferentes do que eles estão acostumados a presenciar, quase nos intimando a repetir a dose e experimentar outros formatos mais ousados; o que na medida do possível tentaremos realizar. Portanto, pedido anotado!





Seminário C & C++ para Sistemas Embarcados

26 10 2008

A Tempo Real Eventos, em conjunto com o Grupo C & C++ e o Portal Embarcados, numa atividade de Interop entre comunidades, está realizando o Seminário C & C++ para Sistemas Embarcados, o que para muitos não é novidade visto que iniciamos a divulgação do evento em agosto.

Inicialmente este seminário foi previsto para um público de 200 pessoas, porém já ultrapassamos este número a algumas semanas. Overbook? Nada! Como o auditorio é modular, a Tempo Real Eventos contratou um espaço adicional para o auditório e hoje já contamos com mais de 300 inscritos.

Desta forma, este evento é hoje o evento com participação do Grupo C & C++ Brasil, que aborda exclusivamente as linguagens C & C++ com a maior quantidade de inscritos. Curiosamente, a idéia deste evento já existe desde 2005, quando com alguns colegas discutíamos sobre a iniciativa de realizar encontros community style sobre C & C++. Durante o terceiro encontro de programadores que foi um encontro que teve uma fórmula singular de poucas palestras e muito espaço para interação, numa das conversas onde discutíamos a possibilidade de realizar um evento destes, um dos colegas que afirmava que nunca tinha visto tanto programador C++ num só local, temia que não conseguiríamos mais do que 100 pessoas para este evento especifico de embarcados.

Obviamente, o cast de palestrantes tem sido um dos grandes pontos, assim como parcerias que o portal embarcados tem realizado com outras comunidades. Por exemplo, vejam a divulgação no wiki da CBE e no portal Eletronica.org

Na realidade há muito o que comentar sobre ele, porém deixarei para realizar estes comentários durante e após o evento. Para inscrever-se, vá no site do evento e siga as instruções. Nos encontramos lá.

Namaste! 🙂





Open Hardware & meus insetos…

26 10 2008

Não sou entomologista, mas ultimamente tenho dado bastante atenção, codificando, debugando e me divertindo com meus insetos, sendo os meus atuais alvos um ATmega644p numa placa Sanguino e um AT91SAM7X256 numa placa Make Controller, sendo ambos projetos de Open Hardware bem interessantes, em virtude dos projetos que estou envolvido não tem sobrado muito tempo para isto, mas são para estes caras que tenho codado ultimamente em meu tempo livre, com foco tanto na utilização de Python Embedded como no desenvolvimento de um robot que a passos tartaruguais tem evoluído, porém as diversas experiências que tenho realizado tem compensado esta lentidão. Entre uma codificação e outra, sempre penso que eu deveria postar isto ou aquilo neste blog, porém não tenho feito e acabei deixando um silêncio quase eternal nele, agora com este silêncio quebrado prometo publicar com uma certa freqüência conteúdo relativo a estas minhas últimas pesquisas e desenvolvimentos, com o esforço de tentar escrever conteúdo interessante.

O Sanguino é um clone do Arduino bombado, como o Jê já havia comentado em seu blog. Algo que portei para ele com sucesso e fiz várias brincadeiras foi o PyMite que é um port de Python para microcontroladores de 8 a 16-bits, sendo um subset do Python 2.5, além de vários programas em C++ serviram como prova de conceito para mostrar que é possível sim desenvolver firmware em C++, desde que alguns cuidados sejam tomados, porém como o Dan Saks diria, embedded systems programming para certos microcontroladores é um mundo de limitações portanto não há novidades aqui. Dan é um dos grandes defensores da utilização de C++ em embedded systems, palestrando em vários eventos de grante porte sobre C++ Bare-Metal, inclusive o Galuppo é um dos amigos que tenho que já assistiu uma palestra dele e afirmou que ele é um show-man.

Algo que tem me chamado a atenção, é que nos últimos meses ouvi relato de 5 colegas que estavam envolvidos no desenvolvimento de RTOS. Destes 3 são para uso restrito das empresas desenvolvedoras onde em duas a decisão de “reinventar a roda” partiu de problemas com licenciamento, outro caso é de uma empresa que está sendo projetado um para uso em um segmento de mercado específico procurando ser uma alternativa para facilitar o desenvolvimento de embedded systems neste segmento e um outro em breve será lançado publicamente com uma versão Open Source. Minhas experiências tem sido com o eCos, uCLinux e com FreeRTOS, sendo-se que deste último, prometo escrever algo nos próximos posts. Assim, deixo claro que apesar de eu gostar de código bare-metal não sofro de OSofobia, mal que atinge programadores de sistemas embarcados.





Quinto Encontro de Programadores do grupo C & C++ Brasil::Extras

26 10 2008

Ao lidar com um registro em um relátorio esta semana, onde havia uma afirmação muito pitoresca onde um ilustre colega registrou que 100% do que foi discutido nas reuniões (que ele não participou) estava implementando num dado sistema, comecei a pensar em muitas coisas! Dentre elas que não estou documentando certos fatos de alguns eventos que tenho participado, colaborado na organização ou dado apoio moral… então, vamos lá! Ainda está em tempo…

Algo no qual eu estava pensando em blogar já a alguns dias é sobre o Quinto Encontro de Programadores do grupo C & C++ Brasil, que foi um evento único pra nós do grupo, tanto pelo patrocínio do MSDN Brasil e da Agit Informática, quanto pela evolução da organização do mesmo. Porém por um acaso acabei vendo que o Jumpi já havia feito uma cobertura, e o Caloni fez uma chamada para a thread que ocorreu na cppbrasil onde nossos amigos (e inclusive eu) deixamos nossas notas sobre o encontro, mas deixarei aqui alguns registros extras e outras observaões pessoais:

– Gostei muitissimo do keynote do Otávio Pecego Coelho. Recentemente uma faculdade me procurou para que eu palestrasse para eles sobre C & C++ e o formato que eu pensei em adotar foi justamente o formato adotado pelo Otávio, comentando sobre a experiência profissional dele com as linguagens e utilizando como referêncial alguns livros clássicos e como eles colaboraram ou influenciaram os rumos que ele tomou. Portanto, se alguém me ver fazendo algo similar, não é plágio! 🙂

– A apresentação do Strauss para mim teve uma emoção extra, pois devido a um probleminha técnico ocorrido com o som, corri feito louco para tentar ajudar a resolver, infelizmente o máximo que consegui foi pedir para a pessoa certa solicitar ajuda para o técnico de som. Mas isto me fez pensar sobre vários detalhes e posteriormente o Pedro Lamarão chamou para mais alguns detalhes que conversamos rapidamente com o pessoal do grupo, são n cossitas mas que fazem diferença. Portanto involuntariamente o Strauss acabou nos brindando com este incidente em sua apresentação.

– A presença das garotas foi algo que nos chamou a atenção, além de não ser comum ter 17% do público de encontro de programadores composto por garotas, ainda mais de C e C++, as que se inscreveram compareceram. Curioso, não? Por outro lado, a galera do sexo masculino não fez o mesmo. Portanto, foram eles que nos fizeram encerras as inscrições quando muitos ainda queriam se inscrever…

– Neste evento, pela primeira vez em público comentei sobre a Conferência C & C++ Brasil que acontecerá nos dias 17, 18 e 19 de fevereiro de 2009 em São Paulo, no Centro de Convenções Novotel Jaraguá e que terá algumas paricipações bem interessantes. Sendo este um assunto que merece um post único, assim que mais alguns detalhes forem acertados lançarei tal post.

– Um assunto que várias vezes veio a tona foi a dificuldade de encontrar profissionais qualificados, situação existente em vários contextos da indústria atual, com a tal desaleceração econômica prevista pelos gurus que quase nunca acertam algo ao não ser que seja um elefante rosa passeando em praça pública, talvez esta procura diminua um pouco, mas mesmo assim a dificuldade permanecerá. Mas sendo prático, 7 colegas comentaram que suas empresas estava buscando programadores de C e/ou C++, e alguns colegas foram até assediados. Mais uma vez, divulguei a lista Dev Guys que é o canal que nós da ccppbrasil está utilizando para direcionar as divulgações de vagas e que os colegas do portal embarcados também tem utilizado.

– Há centenas de fotos (muitas repetidas), assim como vídeos que a Ying da USP gentilmente filmou para nós. Gradualmente colocaremos tudo no ar, sendo que as fotos na próxima semana já estarão disponíveis no nosso album de fotos em http://picasaweb.google.com/ccppmeetings não estando lá ainda apenas por uma pequena questão logística.

Neste encontro, sorteamos os adesivos que o Jeff Atwood do blog Coding Horror nos doou, assim como mais algumas coisinhas que nos doaram para sortear como: livros da O´Reilly, Pearson Education, vários badulaques da MSDN Brasil , entre chaveiros, canetas e uma Mochila, um livro cedido pelo Roberto Santos e um livro autografado do Herb Sutter que ganhamos certa vez da Microsoft (por intermédio do Adlich) que utilizamos para homenagear os esforços do Lamarão a nossa causa.

Com certeza esqueci de algumas coisas, portanto leiam o blog do Jumpi e a thread no grupo ccppbrasil para se interar um pouco mais sobre o assunto. E é isto.

Namaste!





Dobradinha: Encontro de Maio do Grupy-SP & Seminário C++ Portabilidade & Perfomance

12 05 2008

Concordo com o DQ que o gênio (ou genioso se preferir) Adelir de Carli é um Candidato a um Darwin Award, assim como concordo com o Christiano Anderson que o encontro do GruPy-SP no escritório do Google-SP foi excelente e principalmente com o Caloni que está na hora de reservar suas cadeiras para o Seminário C++ Portabilidade & Performance, afinal dentro de várias boas razões para se utilizar C++ uma delas é a Performance! Este post do Caloni é um bom começo, porém se preferir vá direto na fonte e faça sua inscrição na página do evento.

O curioso é que um dia antes irá ocorrer o encontro de Maio do Grupy-SP no Centro de Computação da Unicamp, em Campinas que irá durar o dia inteiro. Iniciar o final de semana na sexta com o encontro de Python e no sábado ir para o seminário C++ P&P será muito divertido!

Já me perguntaram num metrô, num shopping, numa livraria, num restaurante e por vários e-mails quando será o próximo encontro do EPA-CCPP, sinceramente fico feliz que os anteriores tenham agradado mas por enquanto não há nada definido, mas espero em breve ter boas novas sobre isto! E você não foi no último encontro? Tenha um overview pela cobertura que o nosso amigo Caloni deu no qual ele afirmou que nossa comunidade está ganhando forma, assim como recomendo uma visita a página do 4o.EPA_CCPP que contém link para as apresentações utilizadas, além de um excelente tutorial de QT e também link dos vídeos de 3 apresentações que ocorreram no encontro. E modéstia a parte, como o nosso colega nerd pós-moderno Lamarão afirmou; foi um Nerds Meeting que exalou inteligência! 🙂





Arthur C. Clarke (1917-2008)

21 03 2008

Já eternizado por seu trabalho a décadas, desde os tempos que o primeiro satélites de comunicação geo-estacionário entrou em órbita, a morte de Artur C. Clarke me fez romper o estado de ostracismo que eu estava com meu blog. Um dos grandes ídolos da ficção cientítica, considerado um dos grandes gênios da humanidade, ele foi um dos grandes autores e sua clássica máxima “a vida é como uma nova órbita em torno do sol” sempre me marcou, tanto que era frase que eu tinha no header de meu primeiro e esquecido blog.

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4o.C & C++ Meeting

24 02 2008

Depois de reunir programadores de C & C++ num encontro no formato technical meeting, o Sampa C & C++ ruiu de vez, o grupo C & C++ Brasil ganhou mais força, resoluções importantes surgiram e já estamos em ritmo de DevTech 2008 onde estaremos presentes numa mesa redonda sobre o VC++ no Visual Studio 2008 e já está sendo preparado o 4o.Encontro de Programadores C & C++ que acontecerá no dia 29/03 e das atividades em programação teremos as seguintes palestras:

  • Programação em C para Microcontroladores por Daniel Quadros
  • Arquitetura e Desenvolvimento de Drivers com C para Windows por Fernando Silva
  • TCP/IP via Boost.Asio por Rodrigo Strauss
  • Desenvolvimento Cross-Platform em C++ com Qt por Basílio Miranda

Além das seguintes atividades extras:

  • Painel sobre a nova edição do livro “Programação Orientada a Objeto com C++” pelo Dr.André Duarte Bueno.
  • Painel sobre evolução do grupo e idéias para o próximo encontro.

Maiores detalhes na página do evento no wiki do grupo C & C++ Brasil.

E o movimento para replicar a iniciativa em outros locais está indo de vento em popa, assim como já está surgindo a idéia de organizar uma estrutura para amparar todos os encontos realizados com a bandeira do grupo C & C++ Brasil.





1ª uCon

3 01 2008

Em 9 de fevereiro vai acontecer a primeira uCon, conferência de
segurança da informação, hacking e tecnologia realizada em Recife, PE.
A conferência não tem fins lucrativos, não terá palestras de empresas
tentando vender produtos e a entrada é gratuita.
Call for participation: http://ucon.thebugmagazine.org/cfp.php

From: [i shot the sheriff] Edição 41





1ª uCon

2 01 2008

Em 9 de fevereiro vai acontecer a primeira uCon, conferência de
segurança da informação, hacking e tecnologia realizada em Recife, PE.
A conferência não tem fins lucrativos, não terá palestras de empresas
tentando vender produtos e a entrada é gratuita.
Call for participation: http://ucon.thebugmagazine.org/cfp.php

From: [i shot the sheriff] Edição 41