Epónymos era a figura que atribuía o nome a uma cidade na grécia clássica. Eponímia é o nome que dela deriva. Este conceito generalizou-se ao batismo de técnicas, objetos, atributos, invenções seja por vias diretas ou indiretas, sendo considerada a forma suprema de reconhecimento da atividade de um pesquisador.
Quando eu era adolescente e morava lá em Santa Fé do Sul (proporcionalmente 105.18 Km mais distante de São Paulo e 3.7840092199092412 vezes menor que Barbarcena) numa época em que eu realizava um curso técnico em eletrônica, com grande freqüência eu conversava com o (bom amigo) Batata sobre física, eletricidade, válvulas raras, RF, a vida, o universo e tudo mais; num destes bate-papo logo após uma desopilação hepática ele me comentou que quem deveria ser creditado pelo invento do rádio deveria ter sido o Padre Landell, um gaúcho que foi padre católico e um notável inventor e não Marconi ; físico italiano que plagiando estudos apresentandos pelo Nikola Tesla em 1899 apresentou ao mundo que Pe.Landell já havia apresentado em 1893 para um pequeno público no bairro de Santana em São Paulo e depois em Campinas. Anos depois, descobri que as referências históricas disponíveis sobre elas não são satisfatórias para fins documentais; o que mostrou mais uma vez que não basta fazer, documentar é tão fundamental quanto a realização. Também foi o Batata que me revelou que o verdadeiro inventor do telefone teria sido Elisha Gray e não Alexander Graham Bell, quando eu solicitei suas “fontes” ele sacou de seu arquivo duas revistas Saber Eletrônica que relatavam estes fatos. Quando terminei de ler os artigos comentei: “Isto sim é pilantragem” e o Batata soltou uma que (na época) eu não entendi:
– “Isto sim é a apoteose da irresponsabilidade consciente” e tomei nota desta frase na hora, pois achei um “insight” muito inspirado…
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